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sexta-feira, novembro 02, 2007

A pele era o que de mais solitário havia no seu corpo.
Há quem, tendo-a metida
num cofre até às mais fundas raízes,
simule não ter pele, quando
de facto ela não está
senão um pouco atrasada em relação ao coração.
Com ele porém não era assim.
A pele ia imitando o céu como podia.
Pequena, solitária, era uma pele metida
consigo mesma e que servia
de poço, onde além de água ele procurara protecção.



Luís Miguel Nava



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4 Comments:

Blogger menina tóxica said...

este poema é lindo lindo.

:)

2/11/07 09:21  
Anonymous Anónimo said...

o luis miguel partilhou comigo, em tempos diferentes, as mesmas serras e as mesmas árvores.
há nele uma 'recorrência próxima' - magistralmente exemplificada neste poema -, sob o signo da pele e do coração.
gostei muito de o poder rever aqui, neste sítio maravilhoso (wonderland), mesmo estando eu em terras de África.
de certa forma, e como cantavam os heróis do nosso mar, 'são coisas dos mundo, só se podem ver ao longe'.
mas o longe é aqui uma metáfora para um perto inarticulável.

flores,

gi.

2/11/07 11:35  
Blogger Menina Limão said...

gosto muito do poema e da foto. é curioso, é a primeira foto do alice em que é nítido o trabalho digital posterior. e o que é que isso interessa? nada, é apenas o meu comentário por deformação profissional.

é uma tendência que tenho, a de preferir fotos não trabalhadas digitalmente.

2/11/07 16:38  
Blogger lebredoarrozal said...

é lindo é:)

4/11/07 01:38  

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