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quinta-feira, agosto 17, 2006

Todos sabemos acender um fósforo
a quem nos pede lume.

Talvez fosse uma conversa
possível até ao fim. Mas o mais vulgar
é ficarmos onde estamos
com o fósforo aceso à beira do rosto

– e antes de haver tempo
a chama queima os dedos.



Carlos Poças Falcão

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