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terça-feira, agosto 30, 2005

A mulher
organiza as sombras para evitar o escuro
na pele sente o medo

é prudente na batalha com as perguntas
que pousam no dia

sorriso

quando o som do telefone invade a sombra
nenhuma palavra lhe sai da voz
deverá falar como se fossem outras coisas a
respirar em vez do grito?

à janela, o vento e o sol, limpam-lhe as vozes
sobrepostas a dizer aquilo que a voz não diz.
mas não hoje

disse que não seria capaz de mudar
perdida no quarto, pequenino, onde utiliza os hábitos
como movimentos grosseiros

nenhuma palavra ali tem asas

fica apenas o silêncio onde a mulher fecha
as persianas e depois as cortinas
sem explicar o sentido do grito.


eue

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5 Comments:

Blogger margarete said...

uinquei este momento de escrita

30/8/05 11:31  
Anonymous Anónimo said...

a urgência de um grito estilhaça (quase sempre) o silêncio

30/8/05 16:04  
Anonymous Anónimo said...

ñ sei se parece ou ñ contigo, mas é mt bem escrito...
Tm

30/8/05 19:41  
Blogger margarete said...

eu acho que se parece muito, é vivido, é uma mulher, é uma mulher que sabe sentir, é uma mulher que sabe o sentir, é a Lebre.

31/8/05 08:48  
Blogger lebredoarrozal said...

margarete,agora deixaste-me sem palavras:)

31/8/05 12:09  

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