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sexta-feira, novembro 19, 2004


atrás da minha janela há uma arvore
onde os pássaros marcam o tempo
na transparência do vento
sacodem-se as horas e por fim as imagens
evaporam-se nos contornos dos sonhos

entrego-me a um tempo concluído

faço tréguas com o passado fechando portas
ao silencio da noite
mas o sol insiste em fazer Outonos
mesmo quando os dias são mudos


eue